Lília Paz - Uma das poucas Contraltos da nossa música Gospel Brasileira.

Ah! Como eu amo o Contralto!


A classificação vocal se dá pelo timbre da voz e não pelas notas alcançadas.

As notas alcançadas são individuais, cada pessoa tem sua própria extensão vocal, mas o timbre define a tessitura.

Tessitura é uma palavra italiana que significa textura.

Como o próprio nome diz, trata-se de uma parte da sua extensão vocal que possui uma textura melhor.

Ou seja,

Embora quase todas as cantoras evangélicas cantem na região de Contralto, mesmo as Sopranos.

Isso se deve ao fato de ser mais fácil cantar na região de Contralto quando a cantora é Soprano ou Mezzo, pois ela vai cantar mais na parte grave da extensão e não vai precisar de muito apoio diafragmático pra sustentar os agudos e etc...

Mas os graves da maioria das cantoras gospel é muito suave e não tem muita potência, pois elas estão cantando fora de sua textura vocal.

A região da sua tessitura é aquela onde sem força excessiva, a sua voz terá mais volume, mais corpo, mais profundidade e mais flexibilidade.

E é o timbre da sua voz que define essa região, logo não existe timbre grave com tessitura no agudo e vive-versa.

O Soprano é a principal voz da Ópera e é a antagonista da música popular.

Isso porque no Canto Lírico pela característica do estilo, quanto mais flexibilidade e mais agudo melhor,

Na música popular, ou seja, que não é lírica, a situação se inverte.

Todas querem ser Contralto porque essa voz tem características mais empoderadas diferente da voz passiva e submissa do Soprano no Canto Lírico.

Porém poucas são as mulheres brasileiras com tessitura de Contralto.

A maioria canta nessa região, mais não tem muito brilho, volume e conforto nos graves, e nos agudos não tem também aquele gógó, porque a tessitura das Mezzos e das Sopranos é mais aguda e elas precisam subir mais para chegar na região forte de suas vozes.

Eis aqui uma Contralto Natural.

Voz rara no Brasil, onde predominam as Mezzos.